Daniel Gonçalves da Silva de Assis Cavalcante

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Capitão marca de falta


Quando voltou a jogar na Ilha do Retiro após 13 anos, Juninho viveu a expectativa de receber o carinho da torcida do Sport, clube pelo qual foi revelado. Mas a decepção de ser xingado em casa transformou-se na alegria de, mais uma vez, brilhar numa partida defendendo o clube do qual é ídolo. Com um gol de falta aos 22 minutos do segundo tempo, o Reizinho, como é chamado em São Januário, foi o nome da vitória do Vasco por 2 a 0 sobre o Rubro-Negro pernambucano, nesta quarta-feira, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado deixou o Vasco provisoriamente na liderança isolada da competição, com 34 pontos dois a mais do que o Atlético-MG, que, entretanto, tem dois jogos a menos. O Galo entra em campo nesta quinta-feira, no Independência, para enfrentar o Coritiba.
Na próxima rodada o Vasco fará um duelo direto pela liderança do Campeonato Brasileiro enfrentando o Atlético-MG, domingo, em Belo Horizonte. A equipe cruz-maltina chegou à nona partida de invecibilidade e à sétima rodada seguida sem sofrer gols. No sábado, o Sport volta a atuar na Ilha do Retiro recebendo o Figueirense. A equipe, que se manteve com 15 pontos, pode entrar na zona de rebaixamento ao fim da 15ª rodada.
O Sport era o adversário do Vasco, e o Vasco era o adversário do Sport. Mas as duas equipes tinham o gramado da Ilha do Retiro como um rival em comum. Encharcado por causa das fortes chuvas que caíram no Recife antes da partida, o campo prejudicou a construção de jogadas dos dois lados e proporcionou uma partida de baixo nível técnico. Foram muitos os erros de passe e ficou difícil para os jogadores conseguirem dominar a bola.
Dessa forma, foi o Vasco, mais técnico, quem levou a pior no primeiro tempo. Ficou impossível para os laterais e para Eder Luis conduzirem a bola em velocidade. A equipe ainda tentou impor seu domínio valorizando a posse de bola com a troca de passes. Mas as poças no gramado geraram erros e a dificuldade na condução da bola.
O Sport mostrou-se mais adaptado à condição do piso e arriscou os chutes de fora da área. No entanto, a bola passava sempre longe da baliza de Fernando Prass, que iniciou a partida com seis rodadas sem sofrer gols. O Rubro-Negro pernambucano aparecia mais efetivo no ataque, embora também prejudicado pelo campo encharcado.
O técnico Cristóvão Borges decidiu priorizar a força em relação à velocidade. Assim, substituiu Eder Luis por Tenorio no intervalo. Como no jogo contra o Corinthians, no último domingo, o equatoriano aumentou o poder de ataque do Vasco, que tinha mais espaços para avançar.
Tudo por causa da postura mais ofensiva do Sport, que foi ainda mais perigoso do que na primeira etapa. Em pouco tempo, o time da casa teve duas ótimas oportunidades de abrir o placar. Na principal delas, aos dez minutos, o lateral Moacir cabeceou a bola no travessão após cruzamento de Marquinhos Gabriel. Em seguida, Rithelly recebeu na grande área e chutou para uma grande defesa de Fernando Prass.
Mesmo sendo conhecedor do gramado da Ilha da Retiro, onde começou sua carreira profissional, Juninho encontrava dificuldades para construir seu jogo por causa do campo pesado. Mas ele voltou a brilhar em sua casa lançando mão da sua especialidade. Aos 22 minutos o capitão cobrou falta com perfeição no ângulo esquerdo do goleiro Magrão. Apesar de sempre enaltecer o carinho e o respeito pelo Sport, Juninho comemorou muito o gol, em consideração ao Vasco, clube do qual é um dos maiores ídolos, numa atitude que também serviu como resposta à torcida rubro-negra que o vaiava desde o início da partida

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